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30 setembro, 2014

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Tenho para mim,
que os sonhos, 
servem apenas para motivar os passos, 
que nem sempre chegam onde queremos... 
mas a algum lado chegam... 
Por isso devemos sonhar 
{sempre}
nem que seja para não ficar parados... 

Sónia M

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- Viver não é fácil, não.
Não sei o que impulsiona um individuo a fazer-se passar por outro.
Assumo que por boa coisa não seja.
Às vezes é tão difícil ser quem sou,
que nunca me passaria pela cabeça ser um outro nas horas vagas.


Sónia M

05 março, 2014

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- Não, nada tem a ver com isso. Nem sei se o que te explico algum dia poderás entender. O que se passa é nada mais que uma questão de gosto. E o que eu gosto mesmo, é das paredes caiadas de branco, bicadas pelo sol. As ruas são como corredores iluminados, toda aquela luz chega a cegar-te. Sempre que as toco, há pássaros que me nascem dos dedos e correm a fazer ninho nas oliveiras. Sabes que ali os olhos não te fazem falta, mas o nariz sim. Imagina que és assaltado no caminho por uma vizinha da vizinha, que é amiga da vizinha da tua mãe. Agarra-se a ti como se não houvesse amanhã e diz-te - Ah gaiata, estás cá? Entra, entra, acabei de fazer uma açorda e o Ti Joquim está a pôr a mesa no quintal. - Mesmo de olhos fechados tu vais, porque o nariz te diz que deves ir. Não fazes ideia da festa que se consegue fazer com meio quilo de pão duro. Não é preciso muito nem pouco, aquele tudo é quanto basta. É como te digo, é uma questão de gosto. E a felicidade tem gostos simples.

Sónia M

(Imagem retirada da net)

17 abril, 2013

Diálogo - Maria J. C. e Sónia M




A Porta

Cronstruí cada degrau dessa escada até ao amanhecer.
Um gemido
uma lágrima adiada
uma saudade guardada numa memória, sem forma...

um caminho gasto

perdido no tempo, em que havia um mar...
e uma onda que tinha sido maré

nestas muralhas altas de que me rodeio, 
só se avista pedra sobre pedra...
e uma linha comprida onde apenas a ida é permitida
Em algum ponto estratégico, uma porta fechada 
com a chave que seguro na mão...

Sónia M



A chave já tantas vezes usada...

Agora gasta e cansada...

Está um pouco mais pesada...

Cada degrau percorrido...
Agora desgastado...
Parece ter aumentado...


Cada pedra colocada...
Com esforço e renúncias...
Forma agora uma esquadria errada...

De todo o valo cavado...
Desprendem-se agora pedaços de terra...
Ficando menos fundo e protetor...

E ela aqui está...
Na minha mão...
Tentando abrir outra porta cerrada em seu vão!

Maria J.C.

Quando as "vozes" se misturam...
Diálogo entre mim e Maria J.C do blogue  Birras e Berros