18 outubro, 2012

FERNANDO ASSIS PACHECO, in A MUSA IRREGULAR (Asa, 1997)

                                                                       (Óleo sobre painel: Time, de Max Ferguson)



FERNANDO ASSIS PACHECO, in A MUSA IRREGULAR (Asa, 1997)

SERIA O AMOR PORTUGUÊS

Muitas vezes te esperei, perdi a conta,

longas manhãs te esperei tremendo
no patamar dos olhos. Que importa
que batam à porta, façam chegar
jornais, ou cartas, de amizade um pouco
- tanto pó sobre os móveis tua ausência.

Se não és tu, que me importa?
Alguém bate, insiste através da madeira,
que me importa que batam à porta,
a solidão é uma espinha
insidiosamente alojada na garganta.
Um pássaro morto no jardim com neve.


13 comentários:

  1. Sim! Embora me importe!

    Se não és Tu...
    Nada me importa!

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  2. Oi Sonia!

    Que lindo Poema, quem ainda não sentiu,

    Uma dor muito forte!

    Ótimo dia!

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  3. Seria amor português
    Sincero, seria amor
    Verdadeiro talvez
    Como o perfume da flor!

    Português era com certeza
    Verdadeiro, sincero não sei
    Sonhei com a sua beleza
    Sentado à sua porta esperei!

    Não apareceu, nem avisou
    Muito tempo me fez esperar
    A dizê-lo aqui estou
    Com saudades a recordar!

    Boa quinta-feira para você,
    amiga Sónia M.
    Adoro seus poemas
    Pela sua simpatia
    Sempre lindos temas
    Escritos com alegria!

    Beijinho
    Eduardo

    Alentejana de gema
    Longe do seu pais a trabalhar
    Com saudades se lembra
    Que à sua terra há-de voltar!

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  4. Esa Ausencia y Nostalgia que se hacen fuertes en la habitación de la Soledad.
    Precioso Poema.
    Un abrazo.

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  5. Também não me importo....só me importo com a espinha!


    Beijinho

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  6. Nunca conseguiremos ir ai fundo da nossa solidão.

    Beijo.

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  7. Olá!Boa noite!
    Sonia...
    ...não importa...mas porque a mão deixou de ser útil para abrir a porta e exprimir o sentimento que os olhos espelham pela força da solidão...
    Boa quinta feira!
    Obrigado!
    Beijos

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  8. Oi, bons pensamentos no fim de semana! Eu gostei muito.

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  9. ...A solidão é uma espinha
    insidiosamente alojada na garganta...

    Que jamais a solidão se faça sentir na sua vida.

    Bjs!

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  10. Fernando Assis Pacheco deixou-nos belos poemas, gosto também deste que aqui transcrevo.

    Sento-me na tua ternura. A chuva cai,
    olhas-me tão fundo que de repente
    sou de vidro, cuidado, vou quebrar!
    Acaba triste o mês de Maio, perto.
    E estás no Maio triste, na chuva e no vento,
    a tua ternura quer matar-me.
    Quem sabe, amor, onde o amor se fere?


    Fernando Assis Pacheco
    in "A Musa Irregular"
    Edições ASA
    1996

    bom fim de semana.
    beij

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  11. Um poema que reflete a esperança que é o amor...o puro amor...beijos amiga e um belo final de semana.

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  12. Hola Sónia, buen dia,
    un texto un poco triste,
    el dolor se hizo amigo de la soledad para quitar la poca esperanza que había.

    te deseo un hermoso fin de semana
    muchos besitos

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  13. Sonia querida! Muito obrigada pelo carinho e pelo voto! Poesia triste.... A solidão às vezes é necessária e às torna-se uma espinha na garganta mesmo....Que o amor renovador e a Paz de Jesus Cristo
    habitem nossos corações sempre!
    Abençoado fim de semana!
    Elaine Averbuch Neves
    http://elaine-dedentroprafora.blogspot.com.br/

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