Olha-me a mim
e não à flor que prendi aos cabelos.
Deixa o seu viço e perfume.
Esses esfumam-se na brevidade de um instante, que passou há pouco.
Mergulha antes na profundeza que avistas
nos meus olhos. E olha-me a mim,
tanto quanto possas. Ou até que o tempo
te mostre as estradas que já percorreu no meu rosto.Olha-me a mim, até que a flor caia
e regresse à terra desfolhada.
Para que mesmo sem flores no cabelo
Seja a mim que vejas. Apenas eu.
Pergunto-me tantas vezes,
será que me vês a mim?
Ou ao viço que não é meu?
Sónia M
Olá Sónia
ResponderEliminarTenho andado triste porque o seu blog tinha sido removido, mas agora já estou feliz você está de volta e nos presentiando com estes lindos textos,obrigada já tinha saudades.
Eu já estou melhor do pulso mas tem sido dificil, dia 4 já vou tirar o gesso, obrigada pelo seu carinho adorei a sua visita.
BEIJINHOS E TUDO DE BOM.
Sou eu que agradeço o seu carinho e dedicação Gertrudes!
EliminarFico feliz que esteja já melhor e que se possa livrar do gesso (uma situação muito chata).
Beijinhos e que tudo continue a correr da melhor maneira :)
Um lindo Poema Sónia!
ResponderEliminarótima e abençoada semana!
Obrigada Clik!
EliminarUma ótima semana também para si! :)
Há questões que são eternas...
ResponderEliminarMuito belo, Sónia!
Beijo :)
Tenho que concordar AC! Há questões que são eternas...
EliminarBeijo :)
Sonia que alegría verte aquí de nuevo.. no sabia que te paso solo entraba en tu blog y me salia que no existía... por fin te veo de vuelta y con estas lindas letras...
ResponderEliminarUn beso muy muy grande y gracias por volver y llenar este espacio con algo tan bonito.
Belén.-
Gracias Belen! Hice una pausa, pero estoy de vuelta!
EliminarGracias por seguir aquí.
Un beso enorme linda!
Belo poema...Espectacular....
ResponderEliminarCumprimentos
Obrigada Fernando! :)
EliminarHOLA SÓNIA!!!
ResponderEliminarQUE LINDO VOLVER A LEERTE!
ME GUSTÓ MUCHO TU ENTRADA DE HOY,
CON O SIN AMAPOLA (PAPOILA) EN EL CABELLO HAS TENIDO UN RETORNO PRIMAVERAL!
BESITOS! :)
Bueno, y acabo de aprender algo Ariel! Amapola...
EliminarGracias por eso e por seguir aqui!
Un beso :)
Olá!Bom dia!
ResponderEliminarTudo bem?
...muito feliz pelo seu retorno às "escritas"...
O amor não acaba quando reencontramos nossa capacidade de estar a sós:é aí que ele mostra sua vitalidade: o ser amado está bem guardado. Está lá sem que precise olhar o tempo todo...o amor por si só, encerra em si,um viço, que só percebemos nos outros quando o tempo passou...
Boa quinta!Muita paz e luz!
Beijos com carinho!
Obrigada pelo carinho Felisberto!
EliminarUma boa tarde de quinta!
Beijos
Muito bonito este poema.
ResponderEliminarQuantas vezes olhamos e não vemos!
Beijinhos
Tantas e tantas vezes Rita!
EliminarBeijinhos
Tudo pelo melhor
ResponderEliminar...até que o melhor seja tudo
EliminarQuando olhamos com os olhos do coração, vemos coisas jamais vistas. Acredito que o verdadeiro amor se encontra no fundo de um olhar que adentra a alma e nada mais vê. Tudo ao seu redor esvai-se, some e o que fica..só o verdadeiro sentimento explica. Muito linda a poesia, como todas as outras. Amiga, estou de volta, cheguei hoje, te mandarei um email contando tudo, e adorei a tua volta aos poemas. Beijos, beijos e até.
ResponderEliminarMil beijos Suzana.
EliminarFico a aguardar as tuas noticias que espero que sejam boas! Até :)
A estrutura deste poema desbrava-se através da antítese entre a realidade e as aparências, polarizando o "olhar" poético, entre a "papoila", o "viço" e o "perfume", que se esfumam no "instante" (repare-se como a palavra "instante", aqui magistralmente aplicada, amplia poeticamente a ideia temporal) e uma certa realidade corpórea, que a autora pretendeu intencionalmente apresentar num estado inicial de decadência física (o que não será o caso de Sónia M.), para daí retirar um efeito poético mais incisivo e marcado, o que foi conseguido.
ResponderEliminarSónia M. trabalha muito bem os "estados de alma", ligados à solidão, à tristeza e à melancolia. E se as palavras, por vezes, são manifestações de revolta, perante a vida, essa revolta aparece silenciosa e escondida. É o seu segredo, para transmitir emoções, através da poesia.
É sempre difícil, se não impossível, percorrer os mesmos caminhos, que percorre o poeta (não que eu o seja)...por momentos a Sónia M, ficou com um ar assustado...
EliminarBeijo meu
Estive a reler os poemas de Sónia M, aqui publicados, numa tentativa de identificar as linhas mestras que estruturam a sua construção poética. Só assim se poderá partir para uma análise literária do conjunto dos seus poemas, que terá de ser feita mais tarde, quando o número de poemas escritos adquirir peso significativo. Mas agora, o que quero destacar, é a excelência deste poema, "Olha-me a mim", onde a autora evidencia a sua enorme capacidade de utilizar os artifícios da linguagem, para transmitir emoções. Naturalmente estou a falar de metáforas (sem metáforas não há poesia). É neste poema que se encontra a metáfora mais eloquente, construída por Sónia M:
ResponderEliminar"e olha-me a mim, tanto quanto possas, ou até que o tempo
te mostre as estradas que já percorreu no meu rosto"
Brilhante, no ponto de vista poético.
Alexandre...obrigada!
EliminarBeijo meu
"São os olhos que dizem o que o coração sente."
ResponderEliminarBeijo.