03 abril, 2021

As palavras tardias - Texto de Maria Judite de Carvalho


Recordando
Maria Judite de Carvalho
(1921 - 1998)
Considerada uma das vozes femininas mais importantes da literatura nacional
do século XX

8 comentários:

  1. No fluir “silencioso” da sua leitura atravessei décadas do Diário de Lisboa ou da solidão de Tanta gente, Mariana... nAs palavras tardias... É sempre reencontrar as grandes vozes da literatura portuguesa..
    Um abraço,

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  2. Gostei muito de ouvir ler este maravilhoso poema... Deixo votos de uma Páscoa muito feliz, com muitas amêndoas, coelhinhos e ovinhos de chocolate, e muita, muita Saúde, Amor e Paz, extensivo à sua família e amigo/as.
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    Pensamentos e Devaneios Poéticos
    .

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  3. Uau. Gostei bastante!! :)
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    É preciso união... a esperança não acabou
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    Um excelente fim de semana de Páscoa, para todos, com; Saúde, Paz, Compreensão e muita Prudência, extensivo a todos os vossos familiares e amigos. Beijos.

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  4. Um excerto de uma obra fantástica.
    Por esta pequena (grande) amostra, lida magistralmente, se pode ver a qualidade de uma grande escritora que, à sombra do marido, também escritor, a ofuscou.
    Mas ela tinha muito mais valor...
    Um beijo, SóniaM e bom domingo de Páscoa.
    (esta manhã começa bem...)

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  5. https://ensina.rtp.pt/artigo/maria-judite-carvalho-e-consciencia-em-movimento/?fbclid=IwAR1RdrWI1TQSUpuFBR1B_zeiIP7gUfF4WHx-3oCImugxJIAMtwlpZUNjyT8

    Maria Judite Carvalho foi uma das várias escritoras que, a partir de meados do século passado, romperam a misoginia reinante, e derrubaram a barreira de acesso ao mundo da escrita literária. E o público leitor aplaudiu as obras literárias, que iam saindo do prelo. Foi uma vitória socialmente importante e culturalmente brilhante, e que muito contribuiu para o enriquecimento da Literatura Portuguesa.

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  6. Anexo o texto, que, ontem, através do link indicado, não foi possível transferir.
    No texto, que agora também se envia, aparece o depoimento do escritor Urbano Tavares Rodrigurs, marido da escritora Maria Judite Carvalho.
    Urbano Tavares Rodrigues e Maria Judite Carvalho viveram e escreveram na época mais rica e mais brilhante da Literatura Portuguesa.
    AC



    Maria Judite Carvalho é "consciência em movimento"
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    07:48

    Nos seus quase trinta anos de carreira literária, escreveu sempre sobre a solidão. As personagens de Maria Judite de Carvalho vivem em isolamento, submersas no monólogo interior da alma. Histórias cruas e sombrias da vida quotidiana, que a escritora observava atentamente.



    A infância não foi feliz. Obrigada a ficar sem os pais aos três meses de idade, cresceu na casa das tias paternas, numa “amosfera escura e sombria” como recorda, nesta peça, o marido e também escritor Urbano Tavares Rodrigues. Conheceram-se e apaixonaram-se na Faculdade de Letras de Lisboa, viveram em França e na Bélgica. Ele sabia que ela tinha muito jeito para o desenho, mas desconhecia o verdadeiro talento de Maria Judite. Até que um dia, ela, já com 38 anos, lhe pediu para ler uns contos. Ele não teve dúvidas de que estava ali um livro e convenceu-a a publicar. “Tanta gente , Mariana”, obra revelação, impõe-se pela contenção e sobriedade da escrita e pela temática da solidão.

    Dedicada à literatura e ao jornalismo, principalmente como cronista, Maria Judite de Carvalho (1921-1998), observava para aprender e para poder relatar com exatidão e rigor o que via. Andava de transportes públicos para estar mais perto das personagens e redimensionar nas suas histórias o isolamento humano nas cidades. Publicou romances, novelas crónicas, porém, o conto foi o género literário que mais cultivou nos seus quase 30 anos de carreira enquanto escritora, destacada com vários prémios.

    Leitora atenta da sua obra, Paula Mourão diz-nos que os textos da autora de “Seta Despedida” representam a consciência em movimento. E explica porquê.

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