03 novembro, 2013
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O que pede tão pouco é tanto
o violino toca e toca
uma moeda
um sorriso
e o mundo passa e não ouve
e o mundo passa e não nota
tu que me sentes
por um breve e pequeno instante
saberás que estou triste
por ser alegre o meu canto
passa a criança e escuta
e o violino toca e toca
uma moeda
um sorriso
toca e toca...
escuto-o ainda
dentro do silêncio desta hora
um eco surdo
do que vejo e não mudo
(nem tudo o que canto é meu pranto…)
Sónia M
(imagem, "Old man with his violin" by Hungmn)
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Pede-se pouco mas tanto...para quem vê e nada muda.
ResponderEliminarBeijo
Tão mas tão lindo Sónia...vou daqui mais rica...!
ResponderEliminarO que pede tão pouco é tanto
ResponderEliminaro violino toca e toca
uma moeda
um sorriso
e o mundo passa e não ouve
e o mundo passa e não nota
Te desejo um domingo
bem passado,
No teu peito uma flor
O teu corpo perfumado
De carinho e muito amor
Um beijo
Eduardo.
Eu também sofro com o mundo
ResponderEliminarque não ouve...
...ou ouve o que nem é música...
Sofro...
O violino que toca e mesmo baixinho, faz ouvir os gemidos que o destino traçou a um ser humano que um dia foi rei.
ResponderEliminarO meu abraço e tudo de bom AMIGA
Oi Sónia
ResponderEliminarÉ amiga, nem tudo que brilha é ouro.
Ninguém sabe o porquê ele está aí, pois para aprender a tocar violino naquela época era só para ricos. Uma desilusão? Quem saberá? Só ele.
Bom fim de semana
Lua Singular
UN TEMA MUY REFLEXIVO.
ResponderEliminarUN ABRAZO
Belissimo poema.
ResponderEliminarQuantas vezes se toca e sorri mas se tem o coração desfeito de magoas e dores.
Bom domingo
Beijinhos
Maria
Sonia: Ninguém sabe os porquês dele ali estar, como podemos nós saber o violino toca com o seu talento e fica a espera que quem passe deixe uma moedinha, pode não nos fazer falta, mas pode fazer a felicidade de um ser humano.
ResponderEliminarBeijos
Santa Cruz
A vida dá tantas voltas! Quem sabe o quanto custará ao artista estar na rua ...sujeito a ninguém ouvir...a não olhar...a passar correndo...e ele tocando...enchendo o ar com a sua arte e os seus lamentos... Cada vez encontramos mais gente com valor pelas esquinas das cidades! Belo poema, amiga!
ResponderEliminarUm abraço.
M. Emília
Que a canalha não nos exproprie
ResponderEliminaros violinos
...vai sendo o que nos resta...
EliminarMar Arável: Será também com os violinos que enfrentaremos a canalha esquizofrénica...
Eliminar¡¡¡Cuantas veces me paro a pensar la posible historia de esa persona que está tocando cualquier instrumento!!!
ResponderEliminarEllos dan sabor y cierta dosis de sosiego al frenético ritmo de la sociedad.
Si, es cierto; cuando uno está en silencio parece como si sonara esa pieza que escuchamos al pasar a su lado....Precioso, como siempre, Post.
¡¡¡Gracias por Estar y por Ser siempre en mi Blog!!!
Abraços e Beijos.
Grata a todos, que pararam a escutar...
ResponderEliminarO meu abraço
Olá Sônia,
ResponderEliminaradorei o poema!
Poesia é difícil e você sabe fazer. Parabéns e uma boa semana
Olá Sónia, simplesmente maravilhoso o seu poema! Comoveu-me pela mensagem e na forma tão bela como a transmitiu. Beijinhos e boa semana. Ailime
ResponderEliminarArrepiaste-me nesses acordes de violino e moedas em alternância.
ResponderEliminarBeijos
Oi Sónia,
ResponderEliminarÉ a vida, se joga a moeda, mas não faz um agrado
Uma boa conversa vale milhões.
Obrigada
Beijos
Lua Singular
Hola Sónia, buenas tardes,
ResponderEliminardisfruté de la melodía de tu entrada hecha violín!
tu creación ha dejado gratos acordes...
Te deseo una bonita semana
un cálido abrazo
"saberás que estou triste
ResponderEliminarpor ser alegre o meu canto" Versos perfeitos entre a maviosidade do poema. Tantas vezes as palavras escondem o que se vai no coração. Porém nem sempre passa desapercebido de um olhar mais atento, de um escutar mais afiado.
Gostei muito! bjs
"passa a criança e escuta"
ResponderEliminarA criança observa tudo em nada. Já o homem, não observa nada em tudo.
Beijo enorme e uma boa semana, Sónia.
Maria
Eu não ouço o violino neste poema, mas vejo, com muita nitidez, a fotografia do instante. É uma fotografia de quem passa e se enternece com o que viu. É o instante do "silêncio desta hora", e que mais não é do que "um eco surdo do que vejo e não mudo", porque " nem tudo o que canto é meu pranto". Excelente!...
ResponderEliminar
ResponderEliminarOlá Sônia,
Seu poema é maravilhoso e traz uma reflexão tocante.
Fiquei encantada com sua sensibilidade.
..."e o mundo passa e não ouve
e o mundo passa e não nota..."
..."um eco surdo
do que vejo e não mudo".
De que adianta ver, ouvir, sentir e permanecermos inertes diante do que requer atitude?
Adorei.
Beijo.
Magnifico poema onde tudo se encaminha dentro de horizontais encatos.
ResponderEliminarAdorei..beijinho de cristal
O mundo anda distraído e parece que não gosta de música...
ResponderEliminarAbraço
Lindo!
ResponderEliminare dos sons do violino sai o pranto que quase ninguém repara...e é tanto..
ResponderEliminarcomovida estou!
:(