Trazia infinitos na
ponta dos dedos.
Com eles acariciava
os cabelos
desgrenhados do
vento.
Por varias vezes a
vi
encostar a face às
madrugadas
que um pássaro
fugidio lhe trazia
enquanto as pedras
lhe segredavam aos
pés
os segredos da
terra.
Amiúde regressava ao
inicio
onde o tempo não se
conta por horas
onde o tempo é nada
mais
que um corpo
desabrigado
caminhando às cegas.
Antes que a luz de
todos os quartos
lhe acendesse os
olhos
beijava o avesso de
todas as distâncias
com os seus lábios
de cinza.
Depois adormecia.
Sabendo ser ela
a sede e o lume
aninhada
nos braços da
palavra rasgada
que na luz
alguém voltaria a
usar inteira.
Sónia M
Oi Sónia, eu passei aqui ontem, mas já era tarde e não conseguia me concentrar na leitura de tanto sono ia voltar agora e você chegou primeiro.
ResponderEliminarSónia: você escreve como uma escritora muito eficiente, edita um livro, além de comprá-lo faço propaganda gratuita dele.
São lindos os seus escritos, sua cabeça é uma máquina de fazer escritos lindíssimos.
Beijos
Lua Singular
Este poema estás lindíssimo...e que tal a ideia de compilares estes posts num livro? Não tenho duvidas que seria um êxito
ResponderEliminarAdenda:
Aproveito a oportunidade para te dizer que já estou definitivamente no blogger e que possivelmente, o Pensamentos Indecentes, vai ficar abandonado para memória futura!
Um beijinho
Infinitos na ponta dos dedos.
ResponderEliminarO dedal terá perdido
Ao vento libertos seus cabelos
De tanto calor corpo ardido
Lábios de cinza
Beijo aquecido
Apaixonada menina!
Boa dia para você amiga Sónia,
Saúde, paz, carinho, amor e alegria,
Nunca faltem de noite nem dia.
Um beijo
Eduardo.
Olá Sónia! Essa linda poesia parece feita de ausência e espera...e na melancolia da madrugada, lembra a mãe aguardando o filho que voltará...assim é a palavra esperando ser usada.
ResponderEliminarUm grande abraço!
Bíndi e Ghost
Lindo poema amiga Sonia,uma espera
ResponderEliminarpor alguém que um dia retornará.
Obrigada amiga pela visita e comentário.
bjs
Carmen Lúcia-mamymilu.
Hola Sónia,
ResponderEliminarbuenas tardes,
hermosamente escrito...
la esperanza es el alimento de los pobres,
mientras haya esperanza, habrá vida...
Te deseo un excelente resto de jueves
un beso
Ficou maravilhoso...beijo Lisette.
ResponderEliminarOlá Sonia,
ResponderEliminarMuita beleza e sensibilidade por aqui. Bem vinda ao meu recanto.
Gostei muito deste texto poético, muito bem escrito e transbordando intensidade nas palavras e metáforas bem construídas.
Volte sempre.
Beijo e ótimo dia.
Que dizer? deixas-me sempre com um sorriso nos lábios quando aqui venho....
ResponderEliminarEssa palavra rasgada há-de ser pronunciada por inteiro um dia...
Beijo
Oi, Sónia.
ResponderEliminarQue leveza, que sensibilidade, que encanto...
Lindíssimo poema.
lo traduje, pero no, mejor es el portugués
ResponderEliminarritmo, música, belleza
saludos
Belíssimo! Fiquei encantada com o todo do poema, mas estes versos "beijava o avesso de todas as distâncias" beijaram-me os olhos... D+
ResponderEliminarGrande beijo!
Belo texto, sensível, romântico, apaixonante!!
ResponderEliminarParabéns pelo blog e suas postagens,já estou te seguindo.
Abraços.Sandra
Grata a todos pelas visitas e comentário.
ResponderEliminarO meu abraço
Sónia,
ResponderEliminarHá muito de belo nesse procurar, nesse insistente procurar...
Beijo :)
Sonia, querida, sua poética nos enleva, é mágica!! Me encantei com tua poesia!
ResponderEliminarParabénssssss! Adorei!!
Beijos, Vilma
Olá Sónia!
ResponderEliminarA poesia é algo que te flui como a água de um ribeiro...ler-te é uma doçura que nos embala e nos transporta para um mundo maravilhoso! Parabéns!
Beijos.
M. Emília
O segredo deste poema está na articulação da aparente insignificância do seu ponto de partida e na grandeza do ponto de chegada. Pelo caminho, um encadeamento metafórico bem estruturado, que consegue dilatar o sentimento de uma enorme solidão de uma mulher. E depois, aquela tristeza a escorrer pelas vertentes do poema, e que já é uma imagem de marca da poesia de Sónia M.
ResponderEliminarO tempo não apaga a memória deste belo poema, um poema de antologia.
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