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Estes são dias parados
à beira do abismo
- uma ferida aberta
na voz do povo
por onde o mar se adentra
dói-me o sal das suas gargantas
em carne viva - já sem gritos
doem-me as suas mãos
cada vez mais vazias
E eu só queria que me dissesses
como acender as luzes dos seus olhos
e como apagar a noite lá fora...
Sónia M
Imagem retirada daqui: http://lizzielighthouse.blogspot.com/
Nem todos conseguem ver a luz redentora, porque ainda não descobriram que são cegos de nascença. Por isso, é tão difícil mudar o mundo.
ResponderEliminarMUY MELANCÓLICO TU TEMA.
ResponderEliminarABRAZOS
Acender a luz nos olhos é difícil, mas ainda há quem o consiga.
ResponderEliminarPior mesmo será conseguir "apagar a noite lá fora".
As gargantas deixaram de saber gritar. Fruto de uma desistência.
Excelente, Sónia.
xx
dói-me o sal das suas gargantas
ResponderEliminarem carne viva - já sem gritos
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Uma excelente metáfora que se agiganta no poema, definindo-o e situando-o.
Cara Sónia,
ResponderEliminareste seu poema foi lido no InVersos!
https://invers0s.wordpress.com
Cumprimentos,
Rui Diniz
InVersos
Uma honra e um verdadeiro prazer, ouvir o poema na sua voz, Rui. Grata, imensamente grata!
EliminarParabéns por esta audição, em que este teu poema foi declamado.É também gratificante para todos nós, que te admiramos.
EliminarObrigada, Alexandre.
EliminarFoi um domingo de emoções ...
Compreendo...
EliminarA Tua Luz acende-os...
ResponderEliminarE transforma a Noite em Dia!
BEIJO.
Há inquietações que perturbam o coração
ResponderEliminarPudesse a poeta incendiar a noite
ter os olhos do povo livres a brilhar
Com brilho, Sónia Éme, acrescentas
brilho ao teu brilho.
Incendeias outros de verde.