29 setembro, 2015

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a solidão morde a gaiola
onde pássaros de asas líquidas
adormecem o voo

podias ser chave
uma janela aberta
se quisesses

podias ser mais
que este véu de agruras
a embalar as brumas

podias ser o vento
que sopra a luz
para mais perto

de tudo quanto podias
podias ser...

olha-me
ainda que imagem breve
sou eu os pássaros
sombra de asas

se não posso ser o voo
serei o rio - rio de penas 
palavras - luz,  a encontrar caminhos 
por entre as tuas mãos côncavas

Sónia M


(Imagem sem autor mencionado)


6 comentários:

  1. São as Tuas Mãos côncavas, só as Tuas...
    Que seguram uma cascata de Luz!

    BEIJO.

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  2. podias...mas, por vezes não temos o que ambicionamos...

    mas as mãos lá estão, e as asas também...

    muito belo!

    :)

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  3. Boa noite
    Passei pelo teu cantinho para te convidar a visitar o meu espaço de poesia. Espero que goste(s.)
    Um abraço, Ana Pereira
    http://almainspiradora.blogspot.pt/

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  4. Belo

    nesta desordem de cores nos jardins

    Bj

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  5. Boa noite Sónia, estive a ler os seus últimos poemas incluindo este e, como sempre, comovi-me.
    Porque além de muito belos têm alma, têm vida, sonhos e voos, por maior que seja a distância.
    Beijinhos e muito obrigada por se ter lembrado de mim.
    Ailime

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