aqui: http://revoltatuga.blogspot.com/ , junto também, o vídeo que ali encontrei e que me revoltou as entranhas.
Este vídeo não é aconselhável a pessoas sensíveis, podendo causar alguns efeitos secundários, tais como vómito e tonturas.
"Como frequentadora assídua (embora o frequente em silêncio) deste blog, hoje, não posso deixar de manifestar a minha "repulsa", ao ouvir esta "senhora", falar desta maneira.
Como é repulsa o que sinto, por um governo, que tem transformado em um verdadeiro calvário, a vida de tantas e tantas famílias portuguesas. Esta senhora, alguma vez terá ouvido o choro de uma criança com fome? Ou saberá reconhecer no rosto dos pais dessa criança, a dor, por não lhe conseguirem encher a barriga? Saberá do seu desespero, em encontrar de novo um trabalho, antes de lhes ser retirada a casa onde vivem, por não terem como a pagar? Saberá do sofrimento que sente um idoso, ao ser completamente abandonado por um (des)governo, para o qual descontou uma vida inteira? Saberá que há jovens que iniciam a sua vida de adulto, já sem grandes expectativas para o futuro, por o rendimento familiar não permitir os custos de uma formação adequada (Universidade? Se até um prato de sopa custa a pôr na mesa! Estudar é para os ricos!) ?
É indignante, revoltante, saber que ainda existem pessoas, com a coragem, de vir a público vomitar a sua infeliz opinião, sobre um assunto do qual parecem estar tão à margem. Demonstrando a sua total falta de respeito e consideração, pelos portugueses que sofrem na pele, a miséria que assola o país!!
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Uma portuguesa no estrangeiro...
Sónia M."
Este foi o comentário que ali deixei. Um pequeno grito, ao qual poderia ter acrescentado tantas e tantas
coisas...num país sem trabalho, sem saúde e sem educação, ainda há quem considere falta de civismo, quando os seus cidadãos, se manifestam, contra um governo que os desgoverna!! Confesso que fiquei baralhada, ao ouvir isto. Já não sei ao certo o significado da palavra "civismo".
Como gosto de escrevinhar, poderia também aqui, acrescentar algumas notas, que escrevo, quando regresso das férias que passo em Portugal, como esta, que irei deixar abaixo. E tenho a certeza, que muitos dos que abandonam o seu país, em busca de uma vida mais condigna, no auge da dor, de deixar tudo para trás, tentando proporcionar um futuro melhor aos seus filhos, também assim o sentem. Tudo isto junto, é um novelo de dores, que tantos e tantos e tantos portugueses sofrem! Mas que de maneira nenhuma, podem continuar a sofrer em silêncio. Que se ergam as vozes, que se ouçam os gritos!
Despedidas
Todos os anos parto.
Vou e venho, já não sou de cá, nem de lá.
Todos os anos morro...e me choram!
Vou e venho, já não sou de cá, nem de lá.
Todos os anos morro...e me choram!
Até sinto a pedra fria nas minhas costas,
o sangue que me foge da cara, enquanto me
rodeiam em círculo, para dizer um último adeus.
Não são momentos, são dias, antes de desarreigar,
Não são momentos, são dias, antes de desarreigar,
em que já não como, nem bebo...já não tenho entranhas.
E quando chega esse dia, morro.
Mas não morro de verdade, sigo viva...para voltar a morrer!
E agora, que já conheço em vida a dor da morte, tenho dias,
Mas não morro de verdade, sigo viva...para voltar a morrer!
E agora, que já conheço em vida a dor da morte, tenho dias,
em que penso, que talvez fosse melhor ficar por cá (Bélgica)
...para não ter que morrer outra vez!
Notas do meu diário
Notas do meu diário
Sónia M
Oi Sónia
ResponderEliminarA tardinha eu volto pra ler e ver o vídeo, acabei de almoçar e acho que agora não vai dar. Mas eu volto.
Obrigada pela vista
Beijos
Lua Singular
Fez bem, Dorli. Isto não é coisa que se ouça de barriga cheia...
Eliminar¿Sabes eso de que la ignorancia es muy atrevida? Bueno, pues te aseguro que la ignorancia no es la única. La prepotencia también se lleva lo suyo. Aquí tenemos ejemplos a patadas; humillan cada día nuestra inteligencia y sensibilidad y tan tranquilos. Bueno, no, a quien lo hace con mayor desfachatez le ofrecen más contratos en las tertulias... Besos.
ResponderEliminarLa prepotencia también se lleva lo suyo, esa es la verdad. Cuando se habla de tripa llena, lo que sale es esto!
EliminarGracias venir aqui y dejar tú huella.
Besos
Faço minhas as tuas palavras...nunca poderia dizer tão bem como tu e acredita...só não comentei no meu blogue por o assunto me enojar tanto que me tolheu até as palavras...Infelizmente essa senhora é apenas a ponta do iceberg e mais grave da massa dela são a maioria daqueles que nos governam e chegam aos grandes cargos de Estado e acredita por questões profissionais conheci muitos...completamente fora da realidade que tinham de gerir e como tal prepotentes e impiedosas nas decisões...um horror!!!
ResponderEliminarE choca-me também que essa senhora tenha uma cabeça tão oca e deturpada que não tenha previsto efeito das suas palavras..!
Bjs
Maria
Ha tão pouca coerência, entre a realidade e este "discurso" sem pés nem cabeça, que me custou mesmo muito ouvi-lo...
EliminarBeijos
Olha Sónia,
ResponderEliminarPodia aqui escrever muito sobre esta senhora. Mas dizer que é parva e que não tem nada na cabeça penso que chega.
Deixa que te diga mais uma coisa: estás bem onde estás. Pelo menos não corres o risco de encontrares abortos destes no mesmo passeio. Irra...
Beijo
E ficou tudo dito, JP. Ficou tudo dito.
EliminarBeijo
Esta senhora Margarida Rebelo Pinto, provoca de facto vómitos ouvi-la falar. Não tem noção das palavras sujas que deita da boca para fora. Fala de barriga cheia, não conhece ou quer conhecer os factos da vida real. Fala com tanta a arrogância, até parecer querer ser a dona do mundo. Coitadinha da senhora, tão pobrezinha de língua até me deu pena de a ouvir falar daquela maneira. Se ela fosse obrigada a viver com 300 €uros por mês tenho a certeza absoluta que mudava de opinião. Enquanto o povo não acordar, para a tanta arrogância pôr fim de uma vez por todas, continuaremos a ser cada vez mais pobres. Faz falta uma nova revolução, mas sem cravos na ponto do cano da G-3...
ResponderEliminarBom fim de semana para você
amiga Sónia, um beijo
Eduardo.
Pena, Eduardo, tive quando cheguei este ano à minha cidade e vi como muitas famílias, que antes apenas conseguiam sobreviver, agora desempregadas, todos os fins de tarde se dirigem ao sítio indicado pela Câmara Municipal, para receber uma refeição gratuita, sendo essa, muitas das vezes, a única que conseguem dar aos filhos. Isso sim dá pena.
EliminarBeijo
HAY PERSONAS, QUE LO ÚNICO QUE TIENEN ES DINERO. ME UNO A TU REPUDIO.
ResponderEliminarUN ABRAZO
Y son esas las más pobres, pero las que más humillan...
EliminarGracias, Reltih.
Abrazo
Esta senhora, se é que depois de a ouvir a posso tratar assim, fala de barriga cheia, não sabe o que diz, nem nunca soube o que quer dizer emigrar, também falou que concorda com as taxas moderadoras, esquecendo-se que descontei durante 40 anos para ter um serviço de saúde digno, ela deve ser daquelas que se reformou aos 40 anos de idade, com reformas de 5 a 10 mil euros e vai a um hospital, paga o mesmo de taxa moderadora, que aquele que recebe 600€, são pessoas como esta que devem ser extintas desta sociedade e serão os nossos jovens a fazê-lo, começando com o direito às manifestações e gritos de revolta.
ResponderEliminarNo fundo, António, tudo o que se levou anos a conseguir, tem desmoronado, como um castelo de cartas. Só consegue falar assim, quem está completamente alheado da realidade das coisas.
EliminarAbraço
ResponderEliminarDiz ela ser "falta de responsabilidade civil". De facto, há uma falta dessa responsabilidade, quando a falante nos chega, com o que chega, através de um canal (RTP1), que todos pagamos. Mas também já não é para espantar! Se não é ela é o governo. Campeia a imoralidade na nossa "res publica", a vergonha desapareceu.
Julgo que todos os que se sentem, como eu, lesados com tanta falta de decoro dos acéfalos deste país, deveríamos apresentar queixa formal. Isto que se passa em Portugal é um atentado claro contra os Direitos do Homem.
Beijo
Laura
Sentimo-nos todos lesados, quando nos chegam vozes como a desta senhora. Só espero que isto não lhe sirva para vender mais livros, porque os cortes que a ela lhe fizeram, ainda não a fazem passar fome, como a muitos. Concordo que já não há vergonha, nem qualquer tipo de moral. Tudo se passa às claras e tudo fica impune. Os lesados são sempre os mesmos.
EliminarBeijo
A canalha anda à solta
ResponderEliminarAté quando?
EliminarUn felice fine settimana a Te...ciao
ResponderEliminarObrigada, Giancarlo.
EliminarExcelente fim de semana, também para si.
... E para amplificar este grito de revolta, que revolveu as entranhas da Terra e rasgou o azul do Céu, deixo aqui este poema, que dedico à "poeta":É o meu grito!... É a expressão do meu protesto!...
ResponderEliminarDois de Março, contra a troika…
Quero dizer-te, meu amor:
Hoje, no Terreiro do Povo,
no meio de um vulcão de emoções
com a raiva nos dentes e um cravo na mão
gritei, cantei e chorei
por mim, por ti,
e por todos aqueles
que ergueram barricadas de nuvens
derrubando os muros do silêncio…
e libertei o poema, soltando-o ao vento
antes que a esperança se apague
e a minha mão desfaleça…
E eu era um, entre muitos,
cantando a heróica canção
e plantei o meu cravo
num canteiro daquele chão.
Alexandre de Castro
Lisboa, 2 de Março de 2013
Não salva vidas, o poema, mas, muitas vezes, com ele se faz a revolução!
EliminarTive a oportunidade de registar este poema, este protesto, aqui neste blog.
Muita obrigada, Alexandre.
Beijo
Boa noite Sónia, sinceramente não consegui ouvir tudo o que esta "senhora" disse! É inconcebível o que passa pela cabecinha desta pessoa e ainda ter a desfaçatez de se pronunciar desta forma! Subscrevo tudo o que deixou expresso no seu comentário! Obrigada por não ter calado a sua voz à qual me junto. O seu poema tocou-me muito. Tenho um filho emigrado e outro a caminho, quem sabe...talvez. Tudo muito triste, muita dor, muitas dores. Beijinho Ailime
ResponderEliminarAilime, ao ler este seu comentário, chegou-me a imagem dos olhos da minha mãe, quando de mim se despede, todos os anos...o tempo que levamos dentro de um abraço, que só voltaremos a sentir na próxima visita. Ficamos assim, até que alguém o interrompe, dizendo, que já chega, temos que partir. E a vida continua, para além dessa tristeza. Há uma coragem de quem parte e uma coragem de quem vê partir...e são muitas as dores e é muita a dor.
EliminarUm beijo grande
Oi Sónia! Ouvi o vídeo e li a postagem de baixo e de tão nervosa fiz um comentário no lugar errado.
ResponderEliminarFinalizando: É uma vergonha mundial
Desculpe a atrapalhação, não disse que não iria aguentar?
Beijos
Lua Singular
Quando um governo, deveria zelar pelos interesses de um povo e ao invés disso, o humilha e o massacra de todas as formas possíveis, a revolta e a repulsa que sentimos até nos atrapalha, Dorli. O que se passa no meu país, também se passa no seu e em tantos outros.A falta de vergonha a prepotência, vai sendo generalizada.
EliminarBeijos
Esta senhora para além das operações plásticas que já fez e que nada tenho contra ou a favor, desde que não tenha sido eu a paga-las...podia aproveitar a embalagem e cozer a boca de um lado ao outro, ficaria perfeita, tudo isto sem taxas moderadoras e a sangue frio!
ResponderEliminarBeijinho e bom fim de semana, Sónia.
Ora ai está uma boa sugestão!! Que mais lhe daria, mais operação, menos operação?!
EliminarDe caminho, bem que se poderia também operar ao cérebro...
Beijo grande, bom fim de semana.
Quanto absurdo. Mas não é "previlegio de Portugal não.
ResponderEliminarAchamos esses tipos emtodo lugar.
Beijos Soninha, lindo final de semana
...em todo o lugar...
EliminarInfelizmente, Bandys.
Beijinho
Há por aí muita aventesma que, à boleia duns restos de lagosta, se prestam a tudo. São uns tristes, há muito que venderam a alma.
ResponderEliminarGrande post, Sónia!
Beijo :)
Sim AC, há pessoas que vendem até o que não têm.
EliminarBeijo
Sónia
ResponderEliminarnão vou comentar a MRP, nem vale a pena, e até porque já foi tudo dito(ou quase)
mas, acho que este teu poema é um grito de revolta e bem escrito.
é uma dor, por vezes silenciosa que só quem sai da sua terra pode saber.
e doí ler e saber que é uma realidade, ter de emigrar porque na sua terra nao há trabaalho e a esperança< é um fio tenue que se vai perdendo.(até isso).
deixo daqui um abraço para ti ...
um beijo
:)
Ouvimos dizer, que a esperança é a ultima que morre.
ResponderEliminarHoje, eu digo, que é ela (a esperança), que me faz "morrer tantas vezes"...
Um beijo :)
Levei com os devidos créditos este poema por empréstimo.
ResponderEliminarSe não estiver de acordo será removido.
Muito sentido e actual!
Obrigada!
Obrigada pela partilha, Beatrice.
EliminarQuase tão triste como a tristeza que aqui escrevo, é o saber que tantos se identificam com ela...
Abraço