Que o que dissemos já não tem perdão.
Que vais deixar aí a tua chave
e vais à cave içar o teu malão.
Mas como destrinçar os nossos bens?
Que livro? Que lembranças? Que papel?
Os meus olhos, bem vês, és tu que os tens.
Não te devolvo - é minha! - a tua pele.
Achei ali um sonho muito velho,
não sei se o queres levar, já está no fio.
E o teu casaco roto, aquele vermelho
que eu costumo vestir quando está frio?
E a planta que eu comprei e tu regavas?
E o sol que dá no quarto de manhã?
É meu o teu cachorro que eu tratava?
É teu o meu canteiro de hortelã?
A qual de nós pertence este destino?
Este beijo era meu? Ou já não era?
E o que faço das praias que não vimos?
Das marés que estão lá à nossa espera?
Dividimos ao meio as madrugadas?
E a falésia das tardes de Novembro?
E as sonatas que ouvimos de mãos dadas?
De quem é esta briga? Não me lembro.
Rosa Lobato Faria
(imagem retirada da net)
Oi Sónia!
ResponderEliminarDesculpa demorar tanto para visitar-te!
Que Poema hemmm, alguém muito triste pelo Amor perdido!
Tenhas um abençoado dia!
Um grande ABRAÇO no dia do Abraço´tá....\°-°
Não há brigas, nem há bens!
ResponderEliminarNão há coisas, nem há ninguém!
Há memórias e há Alguém!
Que nunca se teve, ou sempre se tem!
Ou tudo fica, ou nada resta!
É só o Amor!
Do resto... nada presta!
Beijo.
una preciosidad
ResponderEliminarsaludos
"Nem eu!"(salve seja)
ResponderEliminarBeijocas, Sónia
Também não me lembro....e não gosto de brigas! Ou até posso gostar, a adivinhar as pazes:)))
ResponderEliminarPorque não há brigas sem perdão.E essas partilhas não se partilham. Ficam as memórias....
Beijo
Bonita forma como o poema brinca de 'bem-me-quer, mal-me-quer'...
ResponderEliminarUm abç, Sónia!
Olá Sónia conheço mal os poemas de Rosa Lobato de Faria, mas fiquei curiosa e vou pesquisar! Achei lindo e muito tocante e tão a meu gosto este que partilha. Um beijinho e muito obrigada por partilhar. Ailime
ResponderEliminarOi Nádia
ResponderEliminarNa hora da separação: você vai devolver os beijos que eu te dei, as noite mal dormidas que o acompanhava pela casa, o tempo que passei ao seu lado como você vai devolver. Não tem devolução, você tem que me aguentar até o fim, pois esse é o preço da sua leviandade.
Lida
Beijos
Lua Singular.
Não era mais a denúncia das palavras que me importava
ResponderEliminarmas a parte selvagem delas, os seus refolhos, as suas entranhas.
|Manoel de Barros
(saudades)
[contém 1 beijo]
Poema maravilhoso!
ResponderEliminarUm amor quando nasce é maravilhoso e lindo... Mas quando acaba e existe alguém que continua amando é terrível.. Mas sempre haverá o amanhã.
=* beijos
Por fin puedo comentarte...¡¡¡Que ganas Tenía!!!
ResponderEliminarUna Preciosidad de Entrada.
Abraços e beijos.
SE SIENTE MUCHA NOSTALGIA EN TUS LETRAS.
ResponderEliminarUN ABRAZO
Oi Sonia
ResponderEliminarNuma separação podemos dividir com equidade os bens materiais, mas as emoções vividas, as lutas, o amor, as amarguras, etc jamais serão dividas. Ou um ou outro sofre mais.
Desculpe a confusão
Beijos
Lua Singular
Hola Sónia, buenas tardes,
ResponderEliminarhay que saber poner un punto final, verdad?
es difícil, pero no imposible.
Cuando el tiempo pasa en demasía, llega un momento en el que olvidamos el origen de toda pelea, sosteniendola tan solo por costumbre.
(perdón, hoy perdí el hilo de la lectura...
no estoy con todas mis pilas portuguesas puestas a full)
Te deseo un bonito fin de semana
besos y cálidos abrazos para tí
As brigas dos casais são assim mesmo.
ResponderEliminarA dada altura, já brigam pela briga...
Um dos bons poemas da RLF.
Sónia, tem um bom fim-de-semana.
Beijos.
Bela "foto" de um casal...
ResponderEliminarbjos
Uma coisa que nada tem a ver com este poema. Tentei comentar no poema "..." mas por mais procure, não encontro onde. Só nele. Serei eu ficando mesmo cego ou algo diferente?
ResponderEliminarBjos
Amores que terminam levando a noção e o sentido de vidas que se encontram vazias. Bela poesia desta autora amiga. Um beijo do tamanho do mundo...bom findi!!
ResponderEliminarBelo poema...Espectacular....
ResponderEliminarCumprimentos
Sónia Lindo poema de Rosa Lobato Faria adorei.
ResponderEliminarBeijos
Santa Cruz.
O TEU CAMINHO
Faz o teu caminho...
E ama o que tens;
Não desperdices:
O teu lindo amor.
Esse lindo amor...
É algo que não conheces;
E que não vês:
Mas ninguém tem culpa.
São sentimentos...
Olhares e pensamentos;
Perdidos ou encontrados:
Um dia no tempo.
Nesta vida virtual...
Não se pode culpar ninguém…
Caminha por novos caminhos;
Caminhos que te tragam a verdade:
E esse amor que mereces.
Que torne os teus dias...
Com esse lindo sorriso,
Alegres e felizes;
Claros como o sol:
Que te ilumina.
Voa como um pássaro...
Um voo alegre;
E livre como o mar!
Autor: Santa Cruz
25/05/2013
Saudosa, Rosa!
ResponderEliminarAdoro a sua escrita.Tenho todos os romances dela, mas curiosamente não tenho nenhum dos seus livros de poesia.
Beijinho, Sónia!
Um poema pleno de sabedoria...
ResponderEliminarBeijo :)