Quero dizer-te, meu amor:
Hoje, no Terreiro do Povo,
no meio de um vulcão de emoções
com a raiva nos dentes e um cravo na mão
gritei, cantei e chorei
por mim, por ti,
e por todos aqueles
que ergueram barricadas de nuvens
derrubando os muros do silêncio…
e libertei o poema, soltando-o ao vento
antes que a esperança se apague
e a minha mão desfaleça…
E eu era um, entre muitos,
cantando a heróica canção
e plantei o meu cravo
num canteiro daquele chão.
Alexandre de Castro
Lisboa, 2 de Março de 2013
Amabilidade do autor.
Também publicado aqui:
Hola Sónia, buenas tardes,
ResponderEliminarrealmente un gran texto,
los sentimientos hablan por si solos,
felicitaciones a ambos.
Excelente tarde
besos
Sabes Sónia,
ResponderEliminarNão sou muito de manifestações. Acho que não levam a nada. Mas costumo ir....Nem que seja para fazer barulho, se bem que a minha vontade fosse outra:)))
Os cravos vão perdendo o aroma, são precisos outros.
Beijo
Que emocionante!
ResponderEliminarQuem não dá ouvidos a tamanha maré de vontades
é cúmplice assumido destas políticas,
e deve arcar com as consequências...não é?
[contém esperança]
beijo
A liberdade é já em si um estado de amor. E o amor é uma das mais expressivas manifestações dessa liberdade, já que ninguém o pode aprisionar. Ele nasce livre como os cravos de Abril. Obrigado Sónia, pela gentileza.
ResponderEliminarUm dia os cravos
ResponderEliminarfalarão ainda mais alto
Me lembrei da Revolução
ResponderEliminarDe Alexandre de Castro, li
Este poema com muita atenção
No Terreiro do Paço vi
Muita gente descontente
A ouvir a histórica canção
A protestar pacificamente
De cravo vermelho na mão!
Belo poema amiga Sónia.
Grândola Vila Morena
Terra da fraternidade
Terra de gente ordeira
À sombra de uma azinheira
Que não sabia a sua idade!
Uma boa tarde para você,
um beijinho
Eduardo.
Estando eu a 1000Km de distância, senti o cheirinho a cravos, a liberdade, a amor à Pátria!
ResponderEliminarUma liberdade à qual o nosso povo não estava habituado e por isso abusaram dela, infelizmente ainda hoje existem grupos destrutivos que praticam certos abusos inconcebíveis! VIVA A LIBERDADE DEMOCRÁTICA!
Maravillosa Poesía y Manifestación ejemplar para todos los Países del Sur de Europa.
ResponderEliminarGran Entrada.
Abraços e beijos.
Mulher .
ResponderEliminarMulher , mãe uma fera na defesa dos seus
filhos.
Mulher, avó segunda mãe jamais esquecida
por um amor incondicional ,
netos segunda gestação dos próprios filhos.
Mulher ,bisavó nessa fase entendemos,
nossa geração foi londe nosso amor foi infinito.
Eu sou essa mulher .
Sim..tia , irmã , mãe , avó , bisavó por isso venho te abraçar
pelo Dia da Mulher.
Por me sentir especial .
Para você acreditar que tudo vale a pena
quando abrimos a janela nosso coração ,
e deixamos o amor entrar.
A vida é eternizada por nós mesmo,
não importa os obistaculos,
que a vida coloca já que é impossível viver sem eles.
Quero apenas ser lembrada com carinho.
Mãe blogueira.
Avó Blogueira.
Por Fim bisavó blogueira.
Sou essa mulher que veio
para deixar um carinho no Dia das mulheres.
Ser mulher é algo Divino.
Desde ,que nos sentimos um ser especial
diante de Deus.
Parabéns não só a mulher,
mais a eterna companheira .
Beijos no coração carinhos na alma.
Evanir.
Mimo se gostar na postagem.
Acompanhei pela Net Internacional as manifestações que ocorreram em Portugal neste final de semana. Exemplo de liberdade e democracia de um povo sofrido por governantes corruptos que pouco se importam com sua própria nação. Somente com o povo unido é que se pode conseguir alguma coisa. Belo texto!!
ResponderEliminarEstou totalmente de acordo com a "Eu...Suzana". Não nos podemos entregar ao fatalismo das inevitabilidades. Temos de nos libertar dos jagunços que nos (des)governam e da tirania do capitalismo financeiro internacional, que nos afixia.
EliminarOi Sónia
ResponderEliminarJá ouvi falar em guerras aí em Portugal. O poema é a vitória sobre a opressão. Estou errada?
Beijos
Lua Singular
Um poema que é um grito de justiça e liberdade.
ResponderEliminarEsse chão - Terreiro do Povo - ficou marcado de cravos - o coração do seu povo amordaçado pela desgraça da troika e pelos vendidos da nação
À Sónia e a todas as suas amigas deste espaço, a minha fraternal saudação neste dia especial, dedicado à MULHER, ao mesmo tempo que me associo a todos os movimentos que pugnam pelo reconhecimento da sua importância social e pela sua emancipação, valores humanistas estes que também se constituíram em desígnios de Abril.
ResponderEliminarLindo!
ResponderEliminarO maior presente que uma mulher pode ganhar nesta vida é que permitam a ela ser ela mesma.
Que seu buquê de rosas seja o poder pensar por si própria,que seus bombons sejam a liberdade de falar o que pensa,que suas jóias sejam ter a ventura de realizar suas aspirações...
Neste dia,e por todo sempre,uma lei seja sacramentada:nada,nem ninguém nos tome como objeto.Somos alma,e queremos existir!
ABENÇOADO SEJA ESSE DIA! Parabéns mulheres!!!
Beijos
DIA INTERNACIONAL DA MULHER
ResponderEliminarINSUBMISSÃO
Somos corsárias
febris
por areias dos desertos
Seguimos estrelas cadentes
e montando os nossos sonhos
cumprimos roteiros incertos
Vamos atrás das paixões
com o faim à cintura
e a pena no coração
Para escrevermos poesia
invertendo o cantochão
Com a arte da insídia
olhamos o horizonte alucinando
os oásis, abismando sortilégios
Escutamos os clamores
os oceanos celestes
nos silêncios dos desertos
Buscamos os infiéis
com olhos de expiação
Somos hábeis e seguras
ambíguas, doces, cruéis
nós partimos sem regresso
Ora flibusteiras
em horas de cerração
entre a paixão e o inverso
Ora piratas do limbo
abandonando os arquétipos
A cimitarra à cintura
e o júbilo no coração
pelo avesso dos versos
Somos a rosa e o espinho
a sombra no seu desvão
Entre o fuso e o enigma
a navalha entreaberta
e os nevoeiros secretos
Somos corsárias
sonhando
nas areias dos desertos
Maria Teresa Horta
Lisboa, 8 de Março de 2013
És mulher! És todo um mundo!
ResponderEliminarÉs a árvore da vida
Enraizada em chão fecundo
Tua fronde florescida
Já buscando o céu profundo
Já de um poeta vagabundo
Em versos enaltecida!
Hoje é na base da tesoura e cola.
Beijos!
ResponderEliminarA cada hora sou chamada, é desafiada
para aprender nova lição,
para expandir a consciência da conquista da paz e do amor a DEUS e ao próximo.
Experimentar tudo na vida é bom.As coisas ruins me ensinam a viver.
As coisas boas me mantém viva.
Eu sou as lembranças que tenho, os objetivos que traço, as mudanças que sofri.
Eu sou a infância que tive, sou a fé que carrego
em Deus.
Nesse dia consagrado a mulher venho te deixar meu amor e carinho.
Eu sou mulher.
Eu sou mãe.
Eu sou avó.
Eu sou bisavó.
E continuo sendo (Mulher)
Feliz ,é a mulher que não para no tempo será mulher dos 0 até os 100 .
Meu eterno carinho.
Beijos na sua alma.
Evanir.
Que continue nascendo significantes poemas dessa plantação! Abraços!
ResponderEliminarNão sabia que este poema estava aqui, "neste lado", e também já não me recordava desta surpreendente e épica galvanização de emoções, que ele provocou. Os leitores e leitoras vibraram como se estivessem, a meu lado, naquela grandiosa manifestação. O poema foi escrito no rescaldo daquela jornada de protesto e de luta, numa esplanada da Baixa de Lisboa, e o meu sangue ainda fervia...E a garganta ainda me doía... E eu queria agarrar o sonho, entre as mãos, para, depois, o deixar voar!...
ResponderEliminarAo grande poeta
Eliminara garganta sempre dói...
O sonho, esse, não voa.
Mesmo que adormeça de cansaço, sempre fica.
Ainda que às vezes seja o único que fica, que permanece, entre as mãos...
Um beijo grande, Alexandre.
Ofereço o "cravo vermelho do poema" à grande "poeta", Sónia M.
EliminarÉ sempre reconfortante e compensador regressar aqui, para deixar-me envolver pelos odores dos cravos e para que não se apaguem os trilhos da memória nem as luzes do céu, que os iluminaram.
ResponderEliminarPassei por aqui, no percurso do meu Roteiro da Saudade. A garganta ainda dói. O coração também. Só o sonho não desfalece.
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