12 novembro, 2015
Entardece...
fica o tempo que são lugares
de espelhos
cortinas de coragem
que se abriam aos caminhos
bebida a viagem
fica o tempo - este Outono
um silêncio dolorido
no lugar onde se despenha a folha
fica o tempo - um lugar de sede
quando me vesti de chuva
e me sentei à mesa da madrugada
a ouvir o último suspiro das águas
- entardece, repara como entardece...diziam
mas era já tão escura a noite!...
e na desordem
da mais natural das coisas
entardeceste
para espanto das estrelas
sei que sabes
que guardarei o tempo
que são lugares
até que também eu entardeça...
Sónia M
(ao "ti Sarita", meu avô - até já!)
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O entardecer do tempo dentro do tempo. Que bonito, Sónia!
ResponderEliminarUm abraço
Palavras muito bonitas. Um belo momento de poesia, Parabéns :)
ResponderEliminarBeijo no teu coração, Sónia.
ResponderEliminarAs minhas condolências, Sónia.
ResponderEliminarbeijo. solidário..
ResponderEliminarSENTIDAS Y HERMOSAS LETRAS.
ResponderEliminarABRAZOS
Uma ternura
ResponderEliminarBjs
Maravilhoso este partilhar num poema que cala fundo no sentir de quem o lê.
ResponderEliminarInexcedível, Sónia Éme.
"e na desordem
da mais natural das coisas
entardeceste
para espanto das estrelas
sei que sabes
que guardarei o tempo
que são lugares
Um abraço tão terno, este, a perpetuar a memória.
Isto merece um beijo de reconhecimento.
Grata a todos que por aqui passaram, por este tempo...um lugar onde também os guardo.
ResponderEliminarUm forte abraço.
Passei aqui por acaso, ou por uma brecha na irrealidade das palavras que se cruzam por aí. "O tempo - um lugar de sede" é uma metáfora com ânsia nos lábios.
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