num minuto roubado à rotina
encontro a artéria que percorre o corpo
a língua na ponta dos dedos
antes do virar da página
o mel e o fel, palavra a palavra
o lado direito de um coração
a quebrar o silêncio da ave que passa
estendo as pernas, relaxo os músculos
- e sem que o saibas - por uma vírgula,
respiro...
©Sónia Micaelo
(leituras)
Antuérpia, 26/03/23
*
Fotografia ©Nuno Clavinas
"estendo as pernas, relaxo os músculos (...) por uma vírgula, que se esvai e se desterra...
ResponderEliminarÉ sempre bom ler-te, Sónia!
Um poema encantador! Parabéns :))
ResponderEliminar.
As flores, que no silencio, me olham
.
Beijo e uma excelente semana.
Bonito...
ResponderEliminarContinua a escrever assim..