06 novembro, 2022

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deixa      que a luz te brilhe

brilha     que a luz te olha

agarra-a de peito livre

livre        a luz te colha


como quem arde e regressa, 

para tornar a arder, assim galopa o mistério

- de veias abertas - no dorso do mundo


©Sónia Micaelo


6 comentários:

  1. Do peito livre
    livre, a luz
    e o rumor de águas
    vem, vem, vem
    das veias abertas
    colher o fruto do lume
    no limiar do dia
    sem os cabrestos do mundo

    È sempre prazeroso ler-te e ver-te abolir as fronteiras da poesia, Sónia!.
    Um abraço,

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  2. O texto faz me pensar a liberdade ao renascimento...
    Palavras profundas...bravo
    Bjos

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  3. Muito belo o teu poema Sónia!

    A tua luz não se vê.
    Sente-se nos teus olhos,
    como uma haste de luz a queimar
    as pálpebras.
    Sente-se na tua pele,
    como uma ave perdida roçando a noite
    em vagaroso voo.
    Sente-se no teu sorriso rasgando toda a cegueira.

    Um abraço!

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