16 julho, 2022

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casa



dá-me a cor do vento

com paredes do sonho

e nas traseiras um jardim suspenso

com tulipas brancas a nascer

como quem cai do céu a sorrir


e um canteiro de estrelas

que suspire o dia inteiro

por um pouco mais de lua


deixa intocável 

o som das sombras que me circundam

e comigo se sentam 

a uma mesa feita de nós cegos 


pedes-me  uma única cor 

e cheiras sempre tanto a sol


e eu 

tremendo

por entre a penumbra 

tentando decifrar a cor do vento...


 ©Sónia Micaelo 

(Texto e imagem)


7 comentários:

  1. A imagem poética, casa, faz da poesia e poema única e uma só realidade para deleite do leitor. Como sabes preparar as palavras; espero conseguir também "decifrar a cor do vento".
    É sempre bom ler-te, Sónia!

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  2. Gostei das palavras que navegam por aqui.
    Muito boa tarde!

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  3. Independentemente da publicação, passa-se alguma coisa que o/a iniba de escrever?
    Pausa para férias e descansar?
    Está doente? Se for o caso, rápidas melhoras.
    Cansaço do blogue?
    .
    Uma semana feliz
    .
    Pensamentos e Devaneios Poéticos
    .

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  4. Boa tarde Sónia,
    Que poema tão belo e ao mesmo tempo nostálgico.
    Que o sol se sobreponha sempre às penumbras.
    Um beijinho, Sonia.
    Ailime

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