Uma flor num caminho à sorte.
Breve respiro da terra.
Saber-te, semente de sol clandestino.
Tudo tem um nome, eu sei.
Uma forma de dizer céu.
Mar. Sonho.
Banco de jardim. A tua mão.
Asa quebrada. Lágrima de pássaro.
Gritar o nome de todas as coisas,
sem ninguém que as oiça.
Saber falar da sede que aperta,
do desejo que mata.
Perfume de pétala caída, no chão
desta viagem sem chegada.
A Vida. E a Partida.
Mas o que sinto, meu bem,
rasteja no silêncio.
Um nímio silêncio sem cor nem tréguas.
Um quase adeus à palavra que salva,
numa boca colmada de beijos por dar.
© Sónia Micaelo
( Texto e imagem)
Bonito poema.
ResponderEliminarIsabel Sá
Brilhos da Moda
Sussurro poético lindíssimo que me fascinou ler. E assim se inicia um dia com alegria
ResponderEliminar.
Um domingo feliz
.
Pensamentos e Devaneios Poéticos
.
obrigado, nestas coisas de s'crita todos os elogios são poucos, é uma calma magistral que nos invade uma pausa das nossas "inverdades" rotineiras e marginais visto que elas nos incluem como inverdadeiros e sendo nós pouco nítidos, somos poetas, mergulhamos nas margens das opiniões e agarramo-nos ás dos outros como se fossem salva vidas ..obrigado
ResponderEliminar