do avesso a
terra estremece
e as árvores
sacodem os ninhos
com as penas farei um telhado
que me abrigue
desta chuva ácida
com o sangue desenharei uma janela
e nela deixarei pendurado um grito
se já não sou
da terra que trago no peito
farei do vento
a minha casa
a partir de
hoje
já não quero
ser homem, nem mulher ou menina
serei apenas o
pássaro da minha cabeça
e voltarei a
partir
para lá desta
lonjura
onde talvez
com um golpe de sorte
ou de asas
também me
vejas...
Sónia M
(Não. Isto não é um poema de amor...)
Sónia M
(Não. Isto não é um poema de amor...)
http://www.flickr.com/photos/sophiaalexis/8701389195/in/photostream
e o amor voa longe...
ResponderEliminarlindos versos!
beijo.
LINDO, EXCELENTE POEMA!!!
ResponderEliminarABRAZOS
teu voo vai longe...
ResponderEliminartens asas coloridas...
beijo
Na verdade
ResponderEliminaro mar fala mais alto
nem todos os poemas são de amor.
ResponderEliminarmas depende de como se lê, este pode ser, sim.
e de asas se fazem o voo dos pássaros.
beijo
:)
Na elegante e fina escrita da tua pena
ResponderEliminarÀs vezes é preciso acordar o silêncio da memória
Ou esperar pelo adormecimento inadiável
Com o gesto sereno e demorado da ternura
Com o acordar do amor rompendo o improvável
Um radioso fim de semana
Doce beijo
Inventaram as lentes,
ResponderEliminarprogressivas,
mas não são solução.
Vê-se bem ao longe,
só depois, eu sei,
pela força do desejo.
Cá por mim,
quando fecho os olhos
e beijo é que vejo.
Boa semana, Sónia éMe.