respira
o ser
que ninguém finge
finge
ser
que ninguém só
só
alegre
de ninguém triste
presente
ausente
que ninguém faz
do que existe o ser
no estar
triste paz
de ninguém
sem ter alma de querer
imagina
o presente de ser
vento
num dente de leão
- inteiro e frágil
a soprar desejos
que nunca o são
...no ser
©Sónia Micaelo
*
Fotografia, ©Nuno Clavinas
Que poema tão leve e bonito!!
ResponderEliminar.
Rodeada de sonhos impossíveis ...
Beijos. Votos de uma excelente semana!
Gostei , amo tirar dente de leão .Boa semana.
ResponderEliminarAh, este jeito de tatear o "escuro" (ou no "escuro") da linguagem, de "soprar desejos que nunca o são", de vê-la manipular a sua transparência, não exatamente invisível, para tornar visível ao visível.
ResponderEliminarUm abraço, Sónia!