uma mulher à janela
beija o acaso tocando a vidraça
e Inexplicavelmente a rua para
tanto menos
tanto mais
que uma mulher à janela
metade vidraça
metade mistério
ilegítima visionária
prisioneira do horizonte que limita
um gato vadio
na beira do telhado
respirando o azul
bebendo o ocaso
é vertigem
parca esperança
desejo abstrato
do que nunca soube.
Sónia Micaelo
(Texto e imagem)
E tantas vezes uma pessoa se encosta à vidraça da janela com o olhar perdido (e esquecido) no horizonte. Poema intenso, profundo, que amei ler
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Fraternos cumprimentos
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Pensamentos e Devaneios Poéticos
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Excelente...Adorei :))
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Bom fim de semana. Beijos
Uma mulher à janela por onde os dedos rasgam o acaso e a vida estala.
ResponderEliminarUm poema que se abre à comunhão. Gosto de ler-te, Sónia!
Um abraço,
Bom dia Sónia,
ResponderEliminarUm poema muito belo e profundo de uma enorme riqueza poética.
Gostei muito das metáforas.
Um beijinho,
Ailime