procurei-te por toda a parte
céu noturno sem estrelas extintas
debruçada sobre a tua ausência
fui quase sempre este denso vazio
uma folha arrancada em declínio
peleja em vão o hiato
e esta inocência da busca
a pureza do primeiro veio
este tudo do nada
pequeno sopro de vento
que na voragem do real
roça a superfície
e chora
©Sónia Micaelo
(Imagem no Pinterest)
Ter de sobrepor-se à bula para vencer a procura/ a espera é um dos desafios dessa metafísica! Uma bela estética, Sónia!
ResponderEliminarUm abraço,
Poema lindíssimo que me fascinou ler
ResponderEliminarBoa semana
Um poema muito bonito! :)
ResponderEliminar.
O sonho realizado ...
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Beijos e uma excelente semana, quer seja de férias ou de trabalho.
Um belo poema, que retrata o amor puro e genuíno, e também ardente, e pelo qual todos nós ansiamos, desafiando os encontros e os desencontros com as duras realidades.
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