no amor dos poetas
há borboletas a esvoaçar nas entranhas
estrelas a secar lágrimas antigas
almas que se reconhecem sem fala
línguas que absorvem a dor num beijo...
há borboletas a esvoaçar nas entranhas
estrelas a secar lágrimas antigas
almas que se reconhecem sem fala
línguas que absorvem a dor num beijo...
e eu
que a vida toda só senti amargura nos lábios
houve noites que quis ser poeta...
que a vida toda só senti amargura nos lábios
houve noites que quis ser poeta...
mas nunca senti a borboleta ou a estrela
acredita quando te digo
que só a solidão me falou à alma...
acredita quando te digo
que só a solidão me falou à alma...
mas hoje
da tua voz choveu sol...
da tua voz choveu sol...
nem sei se sabes
que tens um sol escondido na fala
podia jurar que a alma me dançava nos olhos
e não estava sozinha
na primeira folha branca que encontrei
escrevi:
escrevi:
"espero por ti
como quem espera o sol
depois da noite mais escura..."
como quem espera o sol
depois da noite mais escura..."
não há nada melhor que uma folha em branco
uma página ou um livro inteiro por escrever
uma página ou um livro inteiro por escrever
chovia e chovia...
e eu sentia na boca a língua do sol
e eu sentia na boca a língua do sol
por um instante senti as entranhas
e quase quase...me senti poeta.
e quase quase...me senti poeta.
©Sónia Micaelo
(texto e imagem)
(texto e imagem)
Tudo o que escreves é como a música para os meus ouvidos...
ResponderEliminarContinua que vais em bom caminho! Podes contar comigo para o realizar dos teus sonhos. Adoro-te ❤
A poesia como lenitivo para a solidão. Gostei.
ResponderEliminarUma noite descansada.
Uma lindeza de poema, Sônia. Seu jeito de colocar emoções em palavras é simplesmente adorável. Bjs.
ResponderEliminarPoema fascinante. Delicia de leitura.
ResponderEliminar.
Cumprimentos
a "chover sol", dentro do silêncio ...
ResponderEliminarQuanta sensibilidade! Nem sempre, a solidão nos rodeia. Há dias, momentos em que nos sentimos sol.
ResponderEliminarÉ poetisa, não tenha dúvidas, Sónia.
Pensava que já tinha comentado este post, mas afinal, não.
Abraços.
Belissimo Poema Sónia!
ResponderEliminarGostei muito do fino recorte poético e das imagens deliciosas que criaste!
Eu direi apenas, que és um sol nocturno que acendeu a noite para eu te ver!
Um abraço!
A.S.
Trata-se de um poema que enche o coração de amor. Um poema com muitas "vibrações líricas", onde, também, não falta a referência à dor que o amor transporta.
ResponderEliminarUm forte aplauso. Belíssimo!
ResponderEliminarUm beijinho, Sónia :)