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sabes, meu bem
o coração não obedece
às marés
nem à idade da rosa
que desflora sobre a mesa
às vezes em sonho chegas
recolhes o choro dos pássaros
e demoras
ocultas-te entre a madrugada
para não deixar passar o vento
Inconformado deixas um grito
aos pés da terra e partes
partes sempre com as mãos cheias
de maresia inacabada...
*
Sónia Micaelo
(todos os direitos reservados)
(Imagem sem autor mencionado)
Bom dia Sónia,
ResponderEliminarTão bom receber a sua visita e voltar à sua poesia.
Tinha saudades.
«ocultas-te entre a madrugada
para não deixar passar o vento»
Tão belo!
Um beijinho grande.
Ailime
Não perceber o essencial é doloroso.
ResponderEliminarUm poema delicioso, arrancado do mais profundo da alma.
Um sorriso, Sónia :)