D ar-te-ia uma noite clara
I senta de gritos e no
Z elo das margens do rio
Q ue te banha a alma, beijaria
U m a um os teus medos. Por
E ntre a sede das mãos, escorreria
A verdade que entregámos aos pássaros.
I nstante de luz a ofuscar os dias.
N esga de loucura a guardar os sonhos.
D eitaria às águas um verso branco.
A stro fecundo nos meus verdes olhos.
M istério encostado ao céu da boca do
E ncanto, com que envolves
A s minhas mãos vazias.
M orresse a lonjura no abraço do verso.
A ntes não fosses um destino
S em tempo. Pátria perdida...à qual nunca regresso.
Sónia M
Imagem, © Łukasz Gliszczyński
Olá Sónia:
ResponderEliminarFaz tanto tempo que a poesia anda arredada daqui, mas valeu a pena esta espera.
Assim, deixa-nos agora um poema intenso (e perturbador), mais do que 'um verso branco', o sentimento colado à pele. E como tal, não poderia ter - como não tem - título.
Contrariando a última estrofe, aquelas mãos estão cheias (também de abraços).
Gostei deveras muito.
Um beijo à Poeta.
Tem título, Luís.
EliminarEntre maiúsculas...
UN POEMA PROFUNDO, PERO BELLO.
ResponderEliminarABRAZOS
Guarda um Beijo na Palma da Mão...
ResponderEliminarE um Olhar no Teu Coração!
O.
Sem muros nem amos
ResponderEliminarBj
OLÁ,
ResponderEliminarsou seguidor desde muito tempo e a convido para visitar nosso blog HUMOR EM TEXTOS, conhecer toda a verdade sobre TATIANA a ex-amante do doleiro ALBERTO YOUSSEF e conhecer algumas opiniões isentas sobre ela.
Um abração carioca.
belo poema de amor.
ResponderEliminarcativante na sua musicalidade e expressividade poéticas
saúdo o regresso
beijo
Que belo é este poema, que fala da "verdade que entregámos aos pássaros", do “Astro fecundo nos meus verdes olhos”, que tanto encantam e seduzem, do “Mistério encostado ao céu da boca do Encanto”mas que arrasta uma sombra negra cabalística de um pesadelo amargo: "Antes não fosses um destino/Sem tempo, Pátria perdida… à qual nunca regresso”.
ResponderEliminarSONIA,
ResponderEliminara pátria nunca regressar, para mim macunaima sedentário desajeitado caboclo incapaz de pronunciar uma palavra em "ingrês" e acostumado sempre a estar deitado nestes berços esplendidos dos meus diferentes Brasis, seria uma inusitada forma de suicídio cidadão afinal, como poderia viver longe sem esta balburdia explicita?
Comungo com a sua dor Sonia, impedida mesmo que no mais poético disfarce, a não poder regressar, sentir as águas tépidas de tantas praias que nos banham ou aquele cheiro de mato verde que adentra nossas narinas e nos ter "baratos" ecológicos de orgulhos.
Não me vejo fora do Brasil, não me imagino desencontrado da minha gente,nem consigo sentir a mínima volição em decolar daqui para lugar nenhuma, a não ser com os famosos 2V de ida e volta apressada.
Não me permitiria tal ausência!
Nem por amor.
Nem por amor! Bem... sei não,sei não mesmo, nem por amor?
Como teria que ser a mulher- amante ou companheira, pois casado eu desconjuro e pé de pato mangalô três vezes, to fora, to out, to impedido.
Mas podia ser um amor com a de uma amada de sentimentos coloridos, mas como seria para me tirar desta terra brasileira na qual em se plantando tudo dá?
Morena, gosto!
Olhos claros,gosto!
Boca carnuda,gosto!
Seios normais,tipo pera, gosto!
Cintura modelada,gosto!
Coxas grossas,gosto!
Pés pequenos, gosto!
Esta mulher me tiraria do Brasil para nunca mais voltar?
Mesmo sendo carinhosa,atenciosa,compreensiva,amável,feminina exageradamente,um furacão na cama e professora de jardim de infância na sala de jantar...será?
Quer saber?
Isto não seria uma mulher de verdade, a unica que existiu foi a Amélia a qual todo mundo canta mais ninguém até hoje encontrou.
Que tal encontrar sua pátria Sonia,vestir-se de verde amarelo e caminhar pelas calçadas da Barra da Tijuca com vento no resto e calor do sol no coração?
Um abração carioca.
Já me faltava este néctar, estas emoçoes vertidas em linha de verso.
ResponderEliminarFiquei contente pelo regresso, Sónia.
Bj.
Esse abraço do teu verso
ResponderEliminarA que não fosse destino
Parece um toque divino
Dentro do meu universo
Que o coloquei imerso
No teu poema latino
Cheio de amor. É um hino
Contra o silêncio perverso
Que nada diz ou se cala
E a insegurança se instala
Enquanto que o tempo passa...
Na tua suposta sala
A ti Sônia, a alma fala
E ergo em brinde uma taça.
Grande abraço. Laerte.
Fala-me com o silêncio dos momentos de amor....
ResponderEliminarbeijo
Um poema de saudade?
ResponderEliminarTalvez...
Em qualquer caso um excelente poema.
Sónia, tem um bom fim de semana.
Beijo.
Boa tarde, cativante poema de amor, só possível de escrever atravez dos bons sentimentos.
ResponderEliminarAG
Belíssimo poema
ResponderEliminarBom domingo
Beijinhos
MAria
Belíssimo poema, Sonia querida. Estava com saudades deste teu canto tão encantador.
ResponderEliminarBeijos
Sónia
ResponderEliminarpassei para lhe desejar um domingo de Páscoa de mãos cheias e um 'brilhozinho' no olhar.
Um bj.
SIM, É BELO...
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