30 outubro, 2021

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volta a ser noite 

e a alma quase se afoga

no beijo 

na língua 

na curva do seio


opaca pele 

que uma boca devora

silene gemido

a rasgar silêncios de bruma


volta a ser noite 

e duas esmeraldas se fecham


que mãos?

que saliva 

incendeia o cansaço?


volta a ser noite

e eu tão inteira...


no disfarce vazio

quem tomba no leito?


©Sónia Micaelo 

3 comentários:

  1. Belo poema que muito gostei de ler
    .
    Votos de um feliz fim de semana.
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    Pensamentos e Devaneios Poéticos
    .

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  2. Belo! Deliciosamente sensual.
    As palavras são ardentes carícias que se libertam do poema!
    Gostei muito.

    Bom fim de semana.
    Beijo.

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